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Criado a 22 de Abril de 2012

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sábado, 25 de julho de 2015

Como fazer um compostor?


A compostagem é um processo simples, económico e ecologicamente sustentável. Aproveite alguns restos de comida e aparas de jardim e faça o seu próprio fertilizante.




A compostagem, processo de transformação de resíduos orgânicos em composto, já é feita em grande escala nalguns municípios. Mas qualquer um pode fazê-lo com terreno, um jardim, uma horta ou plantas em vasos.
Deposite-o num local de fácil acesso, em cima da terra, para facilitar a drenagem da água e a entrada de microrganismos benéficos do solo na pilha de compostagem. Em locais de clima seco, com temperaturas mais elevadas, coloque-o debaixo de uma árvore, para que a sombra evite a secagem e o aquecimento excessivo do composto. Em locais onde a chuva é frequente, o compostor deverá ser coberto.
  • Necessita de uma armação de um material à escolha (tijolo, rede ou madeira). Pode usar, por exemplo, quatro paletes de madeira.
  • Para unir os elementos, pregue três das quatro paletes umas às outras, pelos cantos.
  • Na palete que sobra, aplique dobradiças para fazer uma porta. Esta será necessária para retirar o composto, depois de pronto.
  • Caso o local esteja muito exposto às intempéries, pode usar uma quinta palete para fazer uma tampa.
Os resíduos verdes, ricos em azoto e geralmente húmidos são perfeitos para compostar. Falamos de folhas verdes, ervas daninhas sem sementes, flores, aparas de relva frescas, restos de vegetais e frutas, borras de café, incluindo os filtros, folhas e saquetas de chá, cascas de ovo esmagadas.
É o caso das folhas secas, relva cortada seca, palha ou feno, resíduos de cortes e podas, aparas de madeira e serradura, carumas, cascas de batata.
O que não se deve compostar?

  • Carne, peixe, laticínios e gorduras, como queijo, manteiga ou molhos: provocam odores desagradáveis e inviabilizam o composto;
  • Excrementos de animais podem conter microrganismos patogénicos que sobrevivam ao processo de compostagem;
  • Resíduos de jardim tratados com pesticidas, medicamentos, tintas, pilhas e outros produtos químicos: as temperaturas da compostagem não eliminam substâncias tóxicas;
  • Plantas doentes ou infestadas com insetos podem passar as doenças para o composto;
  • Cinzas de carvão e ervas daninhas com sementes, devido ao risco de culturas indesejadas;
  • Vidro, metal e plástico: contaminam e inviabilizam o composto;
  • Fezes de cão
A compostagem é um processo simples, mas exige cuidados para que se atinjam bons resultados. Se usar resíduos de pequenas dimensões, mantiver o nível ótimo de humidade e remexer a pilha todas as semanas, o composto estará pronto em 2 ou 3 meses. No entanto, considerando que o material é adicionado continuamente, poderá levar um pouco mais de tempo: entre 3 e 6 meses.

Cascas de batatas, borras de café ou restos de pão podem ser transformados em composto, um material orgânico com aspeto de terra, escuro, sem odor e com excelentes qualidades fertilizantes. A capacidade nutricional vai depender da qualidade dos resíduos utilizados, mas o composto possui fungicidas naturais e organismos benéficos que ajudam a eliminar os organismos patogénicos que perturbam o solo e as plantas.
Promove a melhoria das condições do solo em termos de estrutura, porosidade, fertilidade, capacidade de retenção da água, arejamento e atividade microbiana. É uma ótima alternativa aos fertilizantes químicos e permite reduzir a quantidade de resíduos que vão parar aos aterros ou incineradoras.
Como fazer um compostor:

O que devemos compostar?

Os resíduos castanhos, ricos em carbono e secos também.
Composte em pouca quantidade restos de pão e de alimentos cozinhados sem gordura, tapados com terra, porque em grandes quantidades podem atrair ruminantes. Os restos de papel/tecido servem para eliminar excesso de humidade no compostor, mas também têm de ser usados em pouca quantidade.
Composto por camadas

Comece por revestir o fundo do compostor com ramos grossos. Estes permitem o arejamento e impedem que o material depositado fique demasiado compacto.
De seguida, faça uma camada de 5 a 10 cm de altura de resíduos castanhos, cortados em pequenos pedaços (3 a 7 cm), para maximizar a superfície de contacto com os microrganismos. Partículas demasiado pequenas conduzem à compactação e limitam a circulação de oxigénio e água.
Adicione uma mão cheia de terra ou de composto acelerador, para garantir o início do processo, e adicione uma camada de resíduos verdes.
Crie outra camada de resíduos castanhos e repita o processo até a pilha atingir um metro. Quando adicionar uma nova camada, a anterior deverá ser levemente humedecida.
A última camada será sempre de resíduos castanhos, para evitar a proliferação de odores, insetos e outros animais indesejáveis.

Planeta Terra 
Última atualização: 25/07/2015

 

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